CENA INACREDITÁVEL:
CENTENAS DE CARROS AMONTOADOS!
Em 11 de março de 2011 o mundo foi abalado por uma das maiores tragédias provocado pela força da natureza. O Japão foi atingido por uma onda gigantesca de mais de 10 metros de altura, que varreu cidades e povoados, matando mais de 703 pessoas e deixando mais de 90 mil desaparecidos (até o momento), inclusive crianças. Pais desolados, segurando a mão de seus filhos mortos, e mães desesperadas, com os olhos para os céus, perguntavam: “Por quê? Por quê? O que fizemos de errado?”
Diante de um quadro tão terrificante, as reações das pessoas são as mais diversas. Mas, dentre elas, as que mais chamam a atenção são as dos que querem julgar Deus. Vi na mídia muitas manifestações de pessoas culpando Deus pelo ocorrido. Mais uma vez, vi referências a filósofos ateus que julgaram Deus impotente e injusto por não ter evitado o terremoto que abalou Lisboa no século 19. Aproveitaram para dizer que Deus não existe e, se existe, não é onipotente, nem bom, nem justo, pois não pôde evitar a tragédia.
É muito interessante, para não dizer grotesco, que muitos só lembram de Deus quando acontecem cataclismos. Eles não lembram de atribuir a Deus as coisas boas e agradáveis. Durante o ano há chuva, vento, plantação, colheita, o sol nasce todo dia, a lua cumpre o seu ciclo, as pessoas nascem, vivem, desenvolvem-se; o oceano produz milhões de toneladas de alimentos, e tantos outros benefícios da natureza, mas não vemos na imprensa pessoas atribuindo esses benefícios naturais a Deus. Porém, quando há tragédias, certos formadores de opinião dizem: “Que Deus é esse?”.
Bem, até onde podemos conhecer Deus, podemos afirmar que Ele não foi o causador da tragédia. Mas, certamente, permitiu que acontecesse. Nada acontece no Universo que não seja do seu conhecimento e por sua permissão. E por que Ele permitiu? O que posso dizer apenas, pela revelação bíblica, é que Deus age de acordo com dois aspectos de Sua justiça e vontade soberana.
1) Pela sua vontade diretiva: Isso quer dizer que, quando Ele resolve fazer alguma coisa, segundo a sua vontade diretiva, ninguém pode impedir (Isaías 43.13 “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?”). Foi por meio desta vontade que Deus criou o Universo, incluindo a terra, onde colocou o ser humano com o propósito de glorificá-lo e servi-lo. Porém, a maioria não quer voltar-se a Deus, prefere dar-lhe as costas e viver contrária a sua vontade. Se Deus tratasse os homens com a vontade diretiva, ninguém jamais poderia dar-lhe as costas.
Por sua vontade diretiva Ele pode fazer chover ou não; provocar terremotos ou não. Ele é Deus, o Criador de tudo e de todos, e tem o direito autoral de todas as coisas da natureza. Exceto o pecado e suas conseqüências, que são de responsabilidade total e absoluta do ser humano, que escolhe na maioria das vezes o mal.
2) Pela sua vontade permissiva: Em relação ao homem, como agente livre, Deus age mais pela vontade permissiva. Ele permite que o ser humano tome decisões que julgue ser as melhores, mesmo quem sejam erradas. Podemos até não entender, mas é assim que Deus geralmente se coloca diante dos seres por Ele criados.
Deus pode fazer tudo o que quer, mas não fazer tudo o que Ele pode. Ele poderia usar sempre a sua vontade diretiva, sua onipotência, e só deixar acontecer aquilo que fosse melhor, o correto, o justo e o mais adequado a sua infinita soberania. Porém não é assim que Ele age. Ele dá ao homem o direito de fazer ou não, de querer ou não querer.
“Ele não poderia evitar todos os crimes, a violência, os acidentes, as tragédias? Então, por que Ele permite o mal?” Por uma razão muito séria. Quando fez o homem, Deus o fez a sua “imagem e conforme a Sua semelhança”. Ora, não faz parte da natureza divina ser fantoche, teleguiado ou autômato. Deus é livre. Logo, se Deus fez o homem á sua imagem, ele precisa de livre-arbítrio. Deus deu ao ser humano o livre-arbítrio. O homem não é como diz certo escritor, “fantoche de Deus”. O ser criado é livre para fazer o bem ou o mal e arcar com as suas conseqüências.
Outro aspecto a ser considerado é que pregar que Deus é amor e não mostrar que Ele é justo, e cobra do homem suas atitudes, é fazer propaganda enganosa. A Bíblia diz: “Deus é amor”, 1º João 4.16. Mas ela também diz: “Deus, um fogo consumidor”, Hebreus 12.29.
Deus pode destruir nações inteiras? Sim. Houve um tempo em que “a maldade do homem se multiplicara de tal maneira sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gênesis 6.5). A violência, a prostituição, o homossexualismo e tantos graves pecados tornaram-se comuns, e Deus resolveu exercer seu juízo sobre o pecado (Gênesis 6.11-12). No mundo, o Senhor só encontrou um homem justo – Noé (Gênesis 6.9), e falou com ele que haveria de destruir toda a humanidade por causa de sua maldade. Então mandou que Noé fizesse uma arca para escape dele e sua família, incluindo suas três noras. Oito pessoas apenas! E enviou o dilúvio sobre a terra.
Os tsunamis eram tão violentos, em meio às explosões vulcânicas, que a topografia da terra foi toda modificada. As placas tectônicas se desprenderam produzindo terremotos e maremotos tão grandes que o maremoto do Japão seria uma gota d´agua ante a catástrofe descomunal. Todo o planeta foi alterado. As águas subiram até os mais altos montes. Depois do dilúvio, só oito pessoas escaparam! Dirá alguém: “Que Deus é esse, que destrói tantos inocentes, mata todo mundo, e só faz escapar oito pessoas?!”
Sodoma e Gomorra e mais três cidades eram terríveis pecadoras diante de Deus. O homossexualismo era a tônica. Deus tirou de lá só um homem justo, Ló, que escapou com duas filhas, e destruiu as cidades de modo tão violento que em seu lugar ficou o que hoje é chamado de Mar Morto, a 400 metros abaixo do nível do mar.
“Que Deus é esse?”, dizem o ímpio e o incrédulo. É o Deus da Bíblia! Ele pode destruir nações inteiras, pois Ele é Soberano, o Criador de todas as coisas e o Supremo Juiz do Universo. Sua justiça não se baseia nas leis da terra, que são mutáveis e mutantes, aplicadas de acordo com a vontade e o entendimento limitado e falho dos juízes da terra.
Algum pastor, sacerdote ou líder religioso liberal e modernista que deseja ser simpático ao público pode argumentar que isso só foi no Antigo Testamento. Terrível engano, digo eu! Deus não muda (Tiago 1.17). O juízo de Deus sobre a impiedade dos homens será mais terrível do que no dilúvio e em Sodoma e Gomorra. O tsunami do Japão e o da Ásia não são nada em relação ao que vai acontecer no período da Grande Tribulação, prevista no Apocalipse. Deus não está de braços cruzados. Ele tem o controle da história de todos os homens.
Deus não quer a condenação de ninguém. Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33.11), e quer “que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1º Timóteo 2.4). Mas os homens são livres. Podem crer ou não, aceitar ou não. Deus não obriga a ninguém a crer Nele. Os ateus e os agnósticos, em sua presunção, ridicularizam a idéia de Deus. Muita gente religiosa também não aceita o Deus da Bíblia. Prefere adorar a pedra, o pau, o rio, as florestas, “a mãe terra”, a deusa “Gaia”, os orixás, os “guias” e tantos ídolos.
Estes terão que encarar o juízo do único e verdadeiro Deus.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Nele,
Que na mesma intensidade que é amor é JUSTIÇA!
Pr. Hiram Filho
Fortaleza
Ceará
12/03/2011