segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
UM ANO SEM SAUDADE!
2020 foi-se e com ele, lágrimas doloridas. Em toda a minha história de vida, já chorei muito. Pelo ofício sacerdotal, acompanhei pessoas queridas rumo ao cemitério. Sepultei pessoas das quais jamais me esquecerei.
Verti lágrimas por escolhas desastrosas e impensadas. Nessas horas, enquanto escorriam por minha face, provei o gosto salgado de tolices que eram só minhas. Também sofri, angustiado, com decisões açodadas de uma juventude sem Deus. Findei o último dia de vários anos com um soluço travado na garganta.
2020 foi único. Dele, guardo uma dor assombrosa. Não sou ingrato. Tenho o que celebrar. Todavia, poucos anos acabaram tão devedores, com a coluna dos déficits sobrecarregada com ‘ais’. Despeço-me dele sem saudade.
As lágrimas de 2020 foram corrosivas, ácidas, acres. Chorar convulsivamente me revelou o quanto pesam os pingos que brotam de dentro da gente. Quando lamentos nascem nos porões profundos da alma, remorder choros inconsoláveis e discernir perdas incontornáveis tornam-se parte de nós mesmos.
Minha agonia teve um único benefício: me ajudar a seguir adiante sem armaduras, sem couraças, sem fantasias. Aprendi em 2020 o sentido das expressões “traspassado”, “afligido”, “esmagado”.
Quem atravessa o vale da sombra da morte perde o direito de se sentir orgulhoso.
Em um ano a humanidade foi revirada por dentro. Uma pandemia assustadora levou pessoas de todas as línguas, povos e nações. De todos os lugares, há pessoas conhecidas que se foram. O distanciamento de pessoas queridas tornam os dias pesarosos.
Minha esperança virou simples teimosia. De repente, deparei-me velejando no rio da impermanência sem a veleidade típica dos conquistadores. Sei que meu teto é de vidro e as paredes da minha casa são de giz. Inauguro um novo ano. Piso, entretanto, o palco da existência com mais delicadeza.
Quem lê, entenda!
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
2020: O MEDO ACELEROU O FUTURO!
Medo! Em 2020 esta tem sido a palavra mais ouvida, escrita, usada. Pior que ler ou escrever, é ‘sentir medo’!
Recentemente li sobre uma pesquisa onde 68,1% da população está com medo. É o medo de contrair o Corona Vírus. É o medo de ficar desempregado. É o medo de ficar isolado em casa.
Os psiquiatras e psicólogos já alertam para os efeitos devastadores desse ano de 2020.
O ser humano tem três atitudes diante do medo: paralisar, fugir ou enfrentar! Alguns ficam totalmente paralisados. Não conseguem ter qualquer reação; entregam-se às angústias do medo e o alimentam ainda mais. Entram em crise, perdem o sono, perdem a fome.
Outros fogem. Fazem de conta que a crise não existe; o medo os leva a se refugiarem em outras atividades: filmes, jogos, compulsão alimentar; qualquer coisa que ocupe o tempo e os faça esquecer o medo. Não resolvem o problema que gera o medo; apenas o negam, empurram para o futuro.
Contudo, ninguém consegue escapar das consequências do medo, seja fugindo ou paralisando diante dele. A única opção para se livrar do medo é o enfrentando. Sim! Se você está com medo desejando que esse ano acabe logo eu tenho algumas coisas a lhe dizer.
Nunca estivemos tão perto do fim, como agora. Não se comporte como as demais pessoas que não conhecem a Deus e às Escrituras, e mantenha o ritmo de vida semelhante ao delas.
Se você está fugindo ou se isolando com medo desses sinais, é porque sua fé nunca esteve preparada para esse momento.
A ordem de Jesus é olhar, vigiar e orar. Sim! É enfrentar esses dias difíceis com atitudes, buscando mais a presença de Deus, e não ocupando sua rotina com coisas fúteis e desnecessárias.
Uma hora dessas Jesus virá. Eu não tenho medo algum nem desse tempo, muito menos de 2021. E você?
Pr. Hiram Filho