Ministro do Evangelho

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UMA QUESTÃO DE VALORES!

Hà bem poucos dias morreram John Stott e Amy Winehouse. Veja a vida como ela é. A importância nos é dada de acordo com o que temos, fazemos e somos. Faço questão de frisar: TEMOS, FAZEMOS, SOMOS.

Obedeço esta ordem. Sim! Porque o que somos perdeu seu valor diante do que temos e fazemos para o mundo, principalmente neste século XXI, onde o valor do SER ficou totalmente ofuscado pelo TER. E isso é a própria morte da sabedoria.

Analiso a VIDA e a MORTE de John Stott e Amy Winehouse e tiro fáceis e inevitáveis conclusões...


Stott morreu aos 90 anos.
Amy morreu aos 27 anos.

Stott morreu de complicações decorrentes da idade.
Amy morreu de “causas desconhecidas”, mas, o planeta inteiro sabe que foi decorrente de overdose e álcool.

Stott morreu em casa ouvindo “O Messias”, de Handel, cercado por amigos que se revezavam na leitura de textos bíblicos.
Amy morreu em casa. Sozinha.

Stott escreveu dezenas de livros de conteúdo cristão que se tornaram luzeiros para a fé de milhões de cristãos em todo o mundo. Obras como “Crêr é também pensar”, “A cruz de Cristo”, "Ouça o Espírito, ouça o Mundo" e diversas outras obras. Ao lado de Billy Graham fundou o Movimento Internacional de Evangelização Mundial Lausanne. Dedicou sua vida ao treinamento e ao ensino de milhões de líderes nas regiões mais carentes de treinamento teológico do mundo, dentre elas, a América-Latina.
Amy se tornou conhecida por sua melodiosa voz que cantava letras que evocavam tristeza, desespero e solidão. Ela enterrou o seu próprio coração em uma das suas canções.

Stott sempre será lembrado por sua simplicidade, dignidade, santidade, humildade e dedicação em defesa da causa do Evangelho.
Amy sempre será lembrada por suas performances de embriaguez e uso de drogas, além de uma aparência frágil diante da luta perdida contra o vício.

Em todo o mundo, apenas os cristãos protestantes lamentaram a morte de Stott. Não foi noticiado por nenhuma grande rede de TV. Nenhum jornal ou revista da chamada “mídia secular” escreveu nem mesmo uma nota sobre a sua morte. Mas, sua vida está escrita na memória e no coração de milhões.
Em todo o mundo, a morte de Amy foi noticiada exaustivamente. TV, rádio, jornais e revistas dedicaram páginas e páginas, horas e horas de cobertura sobre sua morte “prematura”.

John Stott foi pranteado com esperança por aqueles que eram seus amigos e compartilhavam sua fé em que a morte é apenas o início de uma abundante e plena vida ao lado de Cristo na eternidade.
Amy foi pranteada por milhões de fãs e amigos, conhecidos e desconhecidos, e principalmente, por seu pai e sua mãe, que não cansavam de repetir: “Nos últimos dias, ela estava bem”, demonstrando claramente a vida inconstante em que vivia.

Stott morreu numa casa simples, num acampamento para idosos, propriedade da Igreja Anglicana.
Amy morreu numa bela mansão em um bairro nobre também de Londres.

Stott não deve ter deixado muito de herança material. Mas, sua herança espiritual é inestimável.
Amy deixou milhões de dólares, cuja parte o pai reverterá para ajudar no tratamento de pessoas vítimas do álcool e das drogas. Talvez seja uma forma “de dar sentido a tudo isso”.

Stott sempre estava sorrindo.
Amy parecia não ter motivos para ser feliz.

Parece que para o mundo, a morte de Stott não fez nenhuma diferença.
É espantoso como para o mundo, a morte de Amy foi considerada uma grande perda.


E é após essas poucas comparações que chego à serena convicção que o que vale para as pessoas não é o que SOMOS, mas sim o que TEMOS. No entanto, que o mundo inteiro saiba que o material para TER é limitado, mas o material para SER é ilimitado.

Eu prefiro SER do que TER, posto que o mundo dê muitas voltas, e a única coisa que o ladrão não pode roubar e nem traça pode corroer, é o que temos dentro de nós.


Nele,
Que disse: “porque o Filho do Homem não têm onde reclinar a cabeça”! E quem "foi" mais que Ele?????



Pr. Hiram Filho

Fortaleza
Ceará

04/08/11